Mesmo com a difusão das diversas formas de anticoncepção, a laqueadura continua sendo o método mais utilizado. A probabilidade de arrependimento pode atingir 10%, sendo sua razão mais comum a mudança de parceiro.
Para estas pacientes, o retorno a fertilidade pode ser realizado pela cirurgia de reversão de laqueadura ou por técnicas de FIV/ICSI. Utilizando técnicas de microcirurgia as taxas de gestação comutativa variam de 57 a 84%, com risco de gestação ectópica de 2 a 7%.
Com o aparecimento e o desenvolvimento das técnicas de fertilização in vitro, o tratamento cirúrgico fica reservado a casos selecionados. Os motivos principais sãos os resultados de gestação mensal que as duas técnicas podem oferecer e a possibilidade de ocorrência de complicações como a prenhez ectópica.
Apresentando taxas mensais de fertilidade menores, o tratamento cirúrgico necessita de um seguimento a longo prazo para proporcionar bons resultados, entre 1 e 5 anos. Raramente o procedimento cirúrgico terá indicação após os 35 anos da mulher.
Além da idade feminina também são parâmetros considerados no momento da decisão: as dosagens do hormônio anti-mülleriano e hormônio folículo estimulante, além da contagem de folículos antrais à ecografia transvaginal.
Com a evolução das técnicas de reprodução assistida e, em especial, com a melhora da qualidade dos laboratórios de gametas e embriões, as taxas de gestação por ciclo têm aumentado significativamente. À medida que os resultados melhoram, diminuem as indicações para o tratamento cirúrgico. Nos dias atuais, a reversão cirúrgica da laqueadura tornou-se um procedimento de exceção.
Por Dr. Orlando Monteiro Jr.
(CRM/SP 73.806 – CRM/MS 3.256 – TEGO 568/95)