O Hormônio Anti-Mulleriano (AMH) é uma glicoproteína que pode ser dosada no sangue periférico. Os níveis de AMH aumentam na puberdade e são indetectáveis na menopausa. O AMH parece ser o melhor preditor da menopausa.
Em Reprodução Assistida, o AMH representa um dos principais marcadores da reserva ovariana (quantidade de óvulos). A contagem de folículos antrais pelo Ultrassom Transvaginal e a dosagem dos níveis de FSH basal também são usados para avaliar a reserva ovariana.
A mensuração sérica do AMH pode ser realizada em qualquer dia do ciclo menstrual, uma vez que a variação dos níveis séricos intraciclo e interciclo são estatisticamente não significativos. O AMH sofre pequena influência hormonal como, por exemplo, no uso de contraceptivos hormonais orais.
Vários estudos da literatura correlacionam a dosagem do AMH com a provável resposta ovariana ao estímulo ovulatório na Fertilização In Vitro (FIV). Na prática clínica, podemos considerar que valores do AMH menores que 1,0 ng/ml indicam que a paciente é uma provável pobre respondedora (captação de até 3 óvulos no ciclo de FIV). E valores de AMH maiores que 3,0 ng/ml indicam que a paciente é hiper-respondedora, ou seja, de risco para a Síndrome de Hiperestimulo ovariano.
O AMH é o marcador mais sensível e útil para o seguimento da reserva ovariana tanto após tratamentos oncológicos com quimioterápicos, quanto após cirurgia ovariana como, por exemplo, na Endometriose.
Por Dr. Orlando Monteiro Jr.
(CRM/SP 73.806 – CRM/MS 3.256 – TEGO 568/95)