Histerectomia por Videolaparoscopia
Os primeiros relatos sobre histerectomia (remoção do útero) são de Sorano, cidade de Éfeso (na Grécia antiga), no segundo século da era cristã. Atualmente, a histerectomia representa, em praticamente todo o mundo, uma das cirurgias mais realizadas na mulher. Nos EUA realizam-se mais de 650.000 histerectomias por ano.
Em virtude desta magnitude numérica, justifica-se a necessidade de discussão da abordagem da via de acesso cirúrgico a ser escolhida, que são: vaginal, abdominal ou videolaparoscópica. Até o fim da década de 80, a maioria das histerectomias era realizada por via abdominal (a “céu aberto”). A partir da publicação da primeira histerectomia laparoscópica em 1989, por Harry Reich e colaboradores, esta realidade vem mudando progressivamente. A técnica cirúrgica evoluiu, passando pelas suturas extra ou intracorpóreas, grampeadores lineares (staples), clipadores, eletrocirurgia e laser. A histerectomia laparoscópica deve ser oferecida como uma grande alternativa para as pacientes candidatas à histerectomia abdominal, incluindo portadoras de mioma uterino, adenomiose, endometriose, hiperplasia endometrial atípica e displasias cervicais.